"— Você me contou tudo sobre o gol — disse Max —, mas não sei
que tipo de dia está fazendo lá em cima. Não sei se você fez o gol ao
sol ou se as nuvens cobriam tudo.
Passou a mão pelo cabelo à escovinha, e seus olhos alagadiços
imploraram a mais simples das coisas:
— Você pode subir e me dizer como está o tempo?
Naturalmente, Liesel subiu a escada correndo. Parou perto da porta
manchada de cuspe e se virou ali mesmo, observando o céu.
Ao voltar para o porão, contou-lhe:
— Hoje o céu está azul, Max, e tem uma nuvem grande e comprida,
espichada feito uma corda. Na ponta dela, o sol parece um buraco
amarelo...
Naquele momento, Max soube que só uma criança seria capaz de lhe
fornecer um boletim meteorológico desses. Na parede, pintou uma
corda comprida e cheia de nós, com um sol amarelo e gotejante na
ponta, como se fosse possível mergulhar dentro dele. Na nuvem
encordoada, desenhou duas figuras — uma menina magra e um judeu
murcho —, e os dois caminhavam, equilibrando os braços, em direção
ao sol gotejante. Sob o desenho, Max escreveu esta frase:
.
AS PALAVRAS DE MAX VANDENBURG .
ESCRITAS NA PAREDE
Era segunda-feira, e eles andavam
na corda bamba em direção ao sol." - A menina que roubava livros
Terminando e me encantando mais uma vez com "A menina que roubava livros", mais um sobre 2º Guerra Mundial. Amo livros sobre a 2º Guerra, estudar fatos passados me faz compreender melhor o hoje, e a cada dia ver como nós seres humanos somos frágeis, e pendemos para o lado mal principalmente quando estamos em crise, basta qualquer um aparecer falando grandiosas coisas ficamos extasiados, iludidos, e para nosso próprio bem somos capazes de qualquer coisa. Aconteceu com a Alemanha mas pode acontecer com qualquer outro ser humano de qualquer outro país, basta sermos submetidos a certas situações e se levantar alguém com soluções mágicas e "inovadoras". Basta estar sem Deus.
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